O Cine Acapulco, situado
na Rua 26 de agosto, marcou época em Campo Grande. De propriedade do ex
Deputado Bernardo Elias Lahdo, conseguiu sobreviver por alguns anos à demolição
reinante dos prédios históricos, e ainda possuía os equipamentos e mobiliário originais,
tais como: os projetores de filmes, o gerador, as poltronas e várias latas
contendo os rolos de filmes antigos quando um incêndio ocorrido em 2000
destruiu quase todo o cinema, restando apenas sua estrutura e alguns
equipamentos queimados.
Foram destruídos também no incêndio, vários filmes
produzidos nas décadas de 40 e 50, pelos irmãos Bernardo Elias e Abud Lahdo.
Atualmente o prédio encontra-se abandonado, um descaso com a
cultura e a historia.
Quem passa pelo local tem a impressão que o prédio vai
desabar a qualquer momento, levando junto uma arquitetura que conta a historia
do cinema em MS. É impressionante o descaso dos nossos Administradores Públicos
com a poluição visual que tal prédio produz em pleno centro da capital do Mato
Grosso do Sul.
O que impede a prefeitura de desapropriar o imóvel e
decretar Patrimônio Histórico Cultural? Campo Grande cresce pelas beiradas, mas
o centro esta esquecido, basta conferir bem próximo ao Cine Acapulco ou na
Avenida Calógeras vários outros prédios antigos que merecem uma atenção
especial, pois são de uma época de tranquilidade no qual as pessoas iam ao
cinema para assistirem Superman e Tarzan.
Passando pela antiga estação rodoviária, lembrei que no
segundo piso funcionavam dois cinemas, o Plaza e o Cine Center, esse ultimo só
passava filme pornô e as longas filas desciam as escadarias do Cine Plaza o
mais luxuoso dessa época.
Poucos comerciantes ainda estão no prédio da antiga
estação rodoviária, que foi sem duvida o primeiro shopping de Campo Grande e
atualmente esta quase abandonada. E assim a nossa historia vai sendo contada,
ou decepada da mesma forma que foi à retirada dos Trilhos do “centrão”.
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