sábado, 21 de agosto de 2010

DELITOS INSANOS


Roubar-te-ei um beijo
Furtar-te-ei a alma
Preciso manter meu vicio
O teu amor me acalma

Delitos insanos, sagaz!
Pensamentos confusos, ridículo!
Amor puro, perspícuo!
Louco e tenaz!

Fecundo como os girassóis
Audaz como a águia em direção a caça
Alegre como pombos na praça
Pervertido outonal em baixo dos lençóis

Opulência de loucuras mil
Quero prender-me na tua essência
Fugir do mundo fastio
Implorar o teu amor por clemência!

VAZIO


Vi o dia nascer e clarear
Vi as folhas secas caírem com o vento
Vi-me aqui no meu mundo a lhe chamar
Vi que não estava só, fazia-me companhia o sofrimento

Sou refém da solidão
Sincronismo perfeito com o raio fosco da fresta
Vozes ocultas me assombram
Sinto-me só, perdido em uma floresta

Desculpa ardilosa do excesso de amor
Vislumbre em “Cartas a Sara” algo semelhante
Fartar de tédio e dor
Evasivo boêmio confuso e bom amante!