domingo, 29 de janeiro de 2012

CAMPO GRANDE SEM FAVELAS?



Campo Grande (MS) - A Organização das Nações Unidas (ONU) define “favela” como um fenômeno urbano com áreas que abrigam habitações precárias, desprovidas de regularização e serviços públicos como agua, esgoto, energia elétrica, entre outros. Redutos de precariedade e desigualdade social, exatamente isso que ocorre em boa parte do Jardim Noroeste, bairro que fica na saída para Três Lagoas com aproximadamente 13.000 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE, sendo que 32% dessa população na faixa etária de 0 a 14 anos. Nos últimos anos centenas de famílias foram removidas das áreas de risco que ficavam nas margens dos córregos que cortam a cidade e transferidas para casas construídas com infraestrutura para se viver com dignidade em vários bairros.
Campo Grande caminha para ser a primeira
capital do Brasil sem favelas e a comunidade Indígena Estrela da Manhã com mais de cinquenta famílias que vivem de forma desordenada em uma área particular, esperam ansiosa a promessa do Prefeito Nelson Trad que afirmou que em 2012 não haveria mais favela em nossa capital. Mas para quem ainda acredita que aqui não tem favelas, se não importar em sujar o carro com a lama ou correr o risco de ficar atolado nos buracos que dão acesso a uma delas, basta seguir pela Rua Era Atômica no Jardim Noroeste ou na região das Moreninhas onde esta a maior delas: a “Alta Tensão”. E por falar em tensão é assim que esses moradores estão com essa chuvarada toda, muitas famílias já perderam o pouco que tinham e dependem da solidariedade das pessoas para recomeçar na esperança de conseguirem também uma moradia digna.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ESSA É A 1055 OBRA PRA VOCÊ...SUJEIRA!

Campo Grande/MS- Com a decisão de suspender a realização de shows no Parque de Exposições Laucídio Coelho, alegando que os eventos não tinham os licenciamentos ambientais necessários bem como por estar em uma área residencial e gerar reclamações dos moradores, os shows e o desfile das escolas de samba passaram a acontecer na Praça do Papa.
A praça foi construída em 1991, em homenagem ao Papa João Paulo ll, único Pontífice a visitar o Mato Grosso do Sul.Inspirado no belo presente para a comunidade do grande Santo Amaro, o Poeta Di Freitas fez a poesia “Papa Pantaneiro”, publicada no site Recanto das Letras, o qual já alcançou quase seis mil acessos. “João de Deus”como ficou conhecido, celebrou uma missa na área onde foi edificada a praça.
Em um dia de lazer como nesse final de semana, era nítida a indignação das famílias presentes, com o lixo acumulado na referida praça. Havia ferros que serviram de suporte para a montagem de barracas e palcos, camuflados entre a grama, oferecendo perigo às nossas crianças; dezenas de buracos, muitos com garrafas de vidro dentro deles e muita garrafa pet por todos os lados; tocos de cigarro e cacos de vidro espalhados pelo gramado. A praça desde a sua inauguração não conta com nenhuma lixeira e apenas um Guarda Municipal para fazer a segurança do espaço. Estamos cansados de ouvir nos noticiários o que devemos fazer para evitar a transmissão do mosquito da Dengue, mas a prefeitura precisa colaborar com o espaço considerado sagrado por muitos que assistiram emocionados aquela missa. A Praça do Papa não comporta um grande show, não foi pra isso que ela foi criada, mas a mesma preocupação ambiental que tiveram com moradores vizinhos da exposição deveriam ter com os moradores do entorno dela.
Numa estrofe da poesia Di Freitas escreveu: “Se ele pudesse voltar no mesmo lugar onde a missa rezou/Ficaria encantado com o belo memorial que o homem criou!”. Hoje eu morreria de vergonha de tanta sujeira!